sábado, 12 de setembro de 2009

Visita a Nottingham ... a terra do Robin Hood

Workshops não significam apenas trabalho!
Entre os dias 7 e 9 de setembro estive em Nottingham, UK, participando do UKCI'09 - The 2009 UK Workshop on Computational Intelligence, University of Nottingham. Submeti um paper descrevendo algumas idéias iniciais que estou trabalhando no meu doutorado. O paper foi aceito e então fui participar do workshop e apresentar as minhas idéias.
Ao contrário do que muitos pensam, participar desse tipo de evento não é apenas "trabalho" ou presenciar as infinitas sessões de apresentações e palestras ministradas pelos "cobras" de cada área específica. Muito mais do que isso, esses eventos proporcionam contato com outros pesquisadores, criação de parcerias e colaborações para trabalhos futuros e também muita diversão, lazer e cultura.
Neste workshop especificamente, tive a oportunidade de conhecer alguns pesquisadores com os quais já comecei a trocar figurinhas sobre algumas técnicas que utilizamos. Mas, melhor do que isso, tivemos um jantar super descontraído em um local muito interessante e importante de Nottingham, o "Trent Bridge Cricket Ground", regado a muito vinho Francês da região de Languedoc (sul da França). Este local é um estádio internacional de críquete, fundado em 1830 e que guarda muitos fatos históricos de grandes jogadores, considerados verdadeiros ídolos nacionais. Apesar deste esporte não ser muito famoso no Brasil, aqui na Inglaterra é tão importante quanto o futebol.
No entanto, foi no último dia em que estive na cidade que pude aproveitar mais e conhecer um pouco da história de Nottingham, famosa principalmente pelo herói-vilão Robin Hood e seu bando.
Visitei o Castelo de Nottingham construído em 1067 por “William the Conqueror”[1]. Em 1170 transformou-se na principal fortaleza real da região de Midlands (região central da Inglaterra), quando o rei Henrique II mandou substituir a rústica construção de madeira por uma fortificação em pedra. Foi também um local de lazer e caça para a realeza, devido à proximidade com as florestas Peak, Barnsdale e Sherwood[2].
Enquanto o Rei Richard, o “Coração de Leão”[3], e muitos nobres ingleses estavam fora da cidade participando das Terceiras Cruzadas [4][5], o castelo de Nottingham foi praticamente abandonado por um longo tempo até ser ocupado pelo Sheriff de Nottingham, o qual era responsável por manter a ordem na região e recolher os tributos ao rei enquanto este estivesse nas batalhas. De acordo a lenda de Robin Hood, o castelo foi o local da cena do último “embate” entre o Sheriff e Robin Hood.
O castelo foi restaurado por Charles II em 1660 e, mais tarde, entre 1675 e 1679, Henry Cavendish, segundo Duque de Newcastle, ordenou a construção da mansão ducal sobre as fundações mais antigas do castelo.
Atualmente o prédio principal do castelo é uma galeria de artes, principalmente voltada às pinturas e trabalhos gráficos que retratam a história da Inglaterra. Essa galeria possui um acervo fixo mas também recebe diversas coleções de arte para exposições temporárias.
Quanto ao Robin Hood e seu bando, deixarei para o próximo post!
[1] http://en.wikipedia.org/wiki/William_the_Conqueror
[2] http://en.wikipedia.org/wiki/Sherwood_Forest
[3] http://en.wikipedia.org/wiki/Richard_the_Lionheart
[4] http://pt.wikipedia.org/wiki/Terceira_Cruzada
[5] http://en.wikipedia.org/wiki/Third_Crusade

Finalmente novidade!

Meu último post foi em 15 de junho, e apenas agora, quase três meses depois estou conseguindo me organizar para escrever novamente.
Nesse período a Thaís veio me visitar e fizemos uma viagem fantástica por algumas cidades da Europa. Começamos por Viena na Áustria, seguimos para Bratislava na Eslováquia. Após, fomos para Frankfurt na Alemanha, então Frankfurt novamente (isso mesmo ... explicarei melhor depois). Após 4 dias viajamos para Brugge na Bélgica, de onde saímos com destino à Paris e, finalmente, Edimburgo na Escócia. Depois de alguns dias de descanso em Canterbury, fomos visitar o castelo de Dover que fica na cidade de Dover, litoral sudeste da Inglaterra, na região de Kent. Obviamente não poderíamos deixar de visitar Londres, já que estávamos tão perto. Pena que não tivemos o tempo que gostaríamos para desfrutar mais dessas cidades maravilhosas.....
Pois bem, este é o primeiro de uma série de posts que vou preparar com a ajuda da Thaís (espero) descrevendo nossas experiências por essas cidades, algumas dicas para futuros viajantes e, se tudo correr conforme o esperado, alguns fatos históricos. Mas ao invés de seguir o caminho natural ou a sequência cronológia da viagem, vou começar pelo final e deixar por último a mais grata surpresa.