sábado, 13 de junho de 2009

Dublin, República da Irlanda

Dublin, Dublin .... o que dizer dessa cidade?
Esperei propositadamente um bom tempo para escrever sobre Dublin. Tive uma impressão muito ruim dessa cidade e por isso estava esperando um tempo para ver se isso passava. Mas não, não passou!
Ao menos posso dizer que foi a única que cidade européia que visitei e me senti no Brasil. Pois é, gente, a sensação de insegurança é grande. Mas vamos por partes.
Ainda no avião, sobrevoando a costa leste da República da Irlanda eu me sentia super animado. Apesar do tempo chuvoso ainda era possível ver algumas áreas ensolaradas.
Mas a animação começou a diminuir logo no aeroporto. Como eu queria visitar as muitas atrações turísticas da cidade optei por comprar o "Dublin Pass", um cartão que dá acesso livre a praticamente todas as atrações da cidade e alguns outros benefícios como descontos em bares e restaurantes, brindes em museus e galerias de artes, sem contar a possibilidade de "furar a fila", pois quem compra o cartão tem prioridade. Um outro benefício que o cartão dá aos seus usuários é o transfer "gratuito" do aeroporto ao centro da cidade.
Até aí tudo muito bom. O detalhe que me fez desanimar um pouco, e acredito que aconteça com todos os turistas que optam pelo cartão, é que se você usar o transporte do aeroporto ao centro da cidade o seu cartão é ativado. Qual é o problema nisso? Bem, quando alguém compra o cartão deve escolher o número de dias que quer utilizar e isso, obviamente, afeta o valor do cartão. A partir do momento que o cartão é ativado, independentemente do horário do dia, o seu primeiro dia vale apenas até a meia noite. Como eu cheguei na cidade às 14hs, se eu usasse o transporte eu teria praticamente perdido o primeiro dia do cartão, pois até o centro da cidade são +- 40 minutos de ônibus.
Mas tudo bem, paguei pelo transporte público e fui para o hostel. No ônibus encontrei um brasileiro de Curitiba, chamado Lucas,  que me deu umas dicas muito legais. Mas a principal foi com relação aos homeless (desabrigados, povo de rua essas coisas). Ele me advertiu para tomar cuidado com essas criaturas pois a única coisa que fazem é arranjar confusão com turistas, jogam pedras ou o que tiver por perto. Isso já me deixou apreensivo. A caminho para o hostel tive a infelicidade de encontrar com uma dessas criaturas. E realmente é foda. Do nada o cara veio para cima de mim perguntando por que eu estava olhando, e eu nem tinha percebido a criatura. Complexo. Mas consegui chegar a salvo no hostel.
No outro dia pela manhã estava organizando meu passeio e aí percebi que o pessoal responsável pelo Dublin Pass é realmente muito esperto, lembra um pouco o povo brasileiro. Mais um motivo pelo qual eu me senti como se estivesse no Brasil. Infelizmente temos que assumir que o povo brasileiro (me desculpem as exceções) sempre tenta levar uma certa vantagem, omitir informações para ganhar uns trocados a mais ou de alguma forma passar o outro para trás. Pois bem, quando comprei o cartão pela internet, eu vi no site uma lista de atrações nas quais o portador do cartão não precisaria pagar para entrar. Pois é, isso é verdade! Para aquelas atrações não havia necessidade de pagar, o problema no meu ponto de vista é que em mais da metade das atrações não havia necessidade de pagar mesmo sem o cartão! Esse é o ponto que me refiro quando digo que me senti passado para trás. Se você confrontar as informações que são disponibilizadas pelo Paris Pass com as do Dublin Pass vão perceber como o pessoal da Irlanda esconde informações.
Acabei visitando vários museus, galerias de arte (não cobram entrada em todo o território Irlandês), igrejas (que por mais estranho que possa parecer cobram e não é pouco) e outras atrações privadas como o Guiness Storehouse e o Old Jameson Distillery.
No entanto, algumas das atrações que eu realmente queria visitar eu não pude por alguns motivos. No caso do "The Bram Stoker Dracula Experience" (um castelo que conta a história da vida do Bram Stoker e te leva a uma experiência dentro do castelo do Drácula) eu não fui porque dois ou três brasileiros que moram em Dublin me advertiram para não ir lá de ônibus ou caminhando, pois fica numa região barra-pesada, reduto dos homeless, mas principalmente devido ao horário de funcionamento, das 4 da tarde as 10 da noite. Qual é o problema nisso? Bem, às 5 da tarde já era noite, e nós brasileiros sabemos que não é bom andar à noite em lugares barra-pesada. Pois é, perdi uma das melhores atrações por falta de grana. Poderia ter ido se tivesse pago um taxi. Mas viagem de mochileiro é sempre restrita.

Mas as outas que perdi que também eram muito boas, foi porque na verdade as atrações não ficam em Dublin mas sim nos arredores, algo como 50 km distante. E essa informação também não tinha no site.
Me diverti um pouco, mas o que realmente marcou minha visita foi a falta de segurança e consideração com o turista. Fui maltratado até mesmo no supermercado por uma atendente que nada tinha de irlandesa. Uma estrangeira qualquer que pelo jeito estava de mal com a vida ou não tinha recebido um bom tratamento do marido na noite anterior. Enfim, para mim Dublin é nota 3 numa escala de 1 a 10.
No entanto pretendo voltar um dia. Com mais dinheiro e com mais tempo para ver se minha impressão se confirma ou foi porque eu estava num dia ruim, com pressa e pouca grana.
Fica uma dica: se você pretende visitar Dublin por 4 ou mais dias, o Dublin Pass vale a pena. Caso contrário acho que é melhor não usar o cartão. Faça um bom planejamento antes e tente encontrar o máximo de informação de cada atração que pretende visitar, principalmente o horário de funcionamento, pois em Dublin as atrações geralmente abrem tarde e fecham muito cedo. Isso faz com que você tenha duas opões: veja tudo correndo e não aproveite direito (foi o que fiz e por isso quero voltar) ou consiga ver com calma apenas uma pequena parte das atrações. Como o cartão é caro, pense bem ante de comprá-lo.

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