O que poderia ser a realização de um sonho virou um pesadelo terrível.
A cidade em si é muito bonita, mas também está longe de ser a última bolacha do pacote, como a propaganda faz parecer. A poluição visual de placas, fios e prédios contribuem negativamente para o visual dos atrativos históricos.
Bem, você, caro leitor, deve estar se perguntando o por que da primeira frase, certo?
Vou tentar justificar em poucas palavras. Mas antes gostaria de deixar bem claro que tudo que for escrito aqui pode ter sido apenas um acaso. Não que eu acredite nisso, mas muito amigos meus foram a Paris e gostaram muito. A nossa experiência, minha e da Thaís nessa cidade foi muito ruim.
Estávamos repletos de boas expectativas, mesmo tendo sido avisados dos problemas linguísticos pois é sabido que os franceses têm um "certo" problema com a língua inglesa. Para tentarmos minimizar esse problema, a Thaís fez algumas aulas de fracês básico de modo que pudessemos começar os diálogos em francês e então sugerir outro idioma dentre o português, o espanhol e o inglês, necessariamente nessa ordem. Com essa "carta na manga" chegamos a Gaie du Nord (Estação de trem do norte de Paris).
Já no primeiro passo para fora do trem senti a diferença no ar. Explico. A atmosfera em Paris não é mesma que nas outras cidades que visitamos, definitivamente não. Povo meio apressado, sem muita educação e cuidado."Mas tudo bem", pensei, "estamos numa estação de trem, e as pessoas normalmente estão com pressa nesses locais".
Próximo passo: comprar os tíquetes para o transporte público. Não foi muito difícil no começo pois encontramos um grupo de jovens que estavam recepcionando os turistas e dando algumas informações. Nesse caso, o rapaz que nos atendeu FALOU EM INGLÊS!! Fantástico! Nossa primeira interação com franceses em terras francesas e conseguimos falar em inglês. Fiquei impressionado e muito mais animado para a visita, já que não tivemos problema de comunicação.
No entanto a alegria durou menos de 5 minutos, tempo em que ficamos na fila para comprar os tíquetes. Assim que chegamos ao guichê, a nossa limitação com o idioma francês veio à tona e as complicações começaram.
Algum tempo depois, chegamos ao hotel, o Ibis Porte Dore. Na recepção, apesar de todos os funcionários serem capacitados para falar mais de 3 idiomas, incluíndo o espanhol e o inglês (e possuírem crachá indicando isso), todos se recusavam a falar conosco em qualquer idioma que não fosse o francês. Inclusive, um dos funcionários usou mímica várias vezes para nos explicar onde ir ou que linha de metrô pegar. Terrível isso.
Durante os passeios na cidade não foi diferente. Mercado, farmácia, panificadora, restaurantes... sempre a mesma coisa. Atendentes mal humorados, mal educados! Sempre groceiros e completamente sem vontade de atender, em especial os garçons. A sensação que tivemos foi a de que eles, os franceses, estavam fazendo um favor em receber os turistas. Impressionante! Especialmente numa cidade tão antiga e que é um dos principais destinos turísticos do mundo.
Tudo isso me faz pensar que perdi 4 dias da minha vida e muita grana indo a Paris. Ficamos 5 dias por lá, e só não me arrependo de um dia, o qual usamos para visitar o Museu do Louvre. Esse sim é espetacular, porém muito grande. Calma não estou reclamando do Museu. Estou reclamando da estratégia que usamos para visitar a cidade. Deveríamos ter ido todos os dias ao Louvre para visitá-lo com calma e apreciar cada seção desse fabuloso local. Um dia não é suficiente para ver nem mesmo um único andar.
Pois bem, não vou mais perder muito tempo escrevendo sobre Paris afinal, como já havia dito, já desperdicei dias suficientes da minha vida com essa cidade. Vou sim, dar algumas dicas para que você não tenha a mesma experiência que tivemos, caso vá a Paris.
- Primeiro, vá com algum francês;
- Segundo, tenha bom conhecimento do idioma local. Se não for fluente ao menos consiga se comunicar bem;
- Terceiro, passe uma semana em Curitiba no Paraná antes de ir à França, pois lá em Curitiba as pessoas em geral são quase tão bem humoradas e educadas quanto na França. Com isso você pode fazer uma espécie de ambientação mais econômica e com melhor comida;
- Quarto, vá com muita grana e selecione um bom hotel. Talvez pagando mais você seja melhor atendido;
- Quinto, não perca tempo e dinheiro visitando as Catacumbas de Paris;
- Sexto, vá ao Louvre e à Ópera Nacional de Paris;
- Sétimo, faça ao menos 6 meses de yoga como exercício de preparação mental, o que deve lhe ajudar a ser mais tolerante;
- Oitavo, não crie muitas expectativas boas. Assim, diminuem as chances de decepção;
- Nono, se tudo isso for muito trabalhoso ou caro, vá para Viena a capital da Áustria. Lá tudo é muito mais bonito (inclusive o Palácio de Versalles não chega aos pés do Palácio de Schönbrunn em Viena) as pessoas são educadas e gentis, e finalmente, o custo é muito menor.
Me desculpem os franceses que são diferentes do que relatei aqui. Estou escrevendo isso porque conheço duas garotas francesas que são realmente bem diferentes do que descrevi nesse post, inclusive as duas não gostam de Paris e concordam em parte com meu ponto de vista.
Não poderia esquecer, eles tem sim dois pontos muito positivos:
1) a panificação é excelente; e
2) os vinhos são realmente muito bons.
Jean,
ResponderExcluirvc teve azar, Paris é linda, as pessoas podem ser muito educadas como em qualquer lugar do mundo, ou estarem de mal humor, como em qualquer lugar do mundo.
e as catacumbas de Paris são imperdíveis!!! São únicas no mundo todo!
da próxima vez fique em um hostel onde todos falam inglês (ou pelo menos tentam), e relaxe um pouco com os franceses.
abraços,
Marcos
Pois é Marcos. Pode ser que eu e Thaís tivemos azar. Mas essa foi nossa impressão. E quanto as Catacumbas, realmente não tem nada de mais e não é o único lugar no mundo com ossadas históricas, a diferença é que em alguns lugares a apresentação do lugar e a recepcção dos turistas é muito melhor. Mas isso tudo é subjetivo, o que é bom para você pode ser muito ruim para mim, e vice-e-versa. Obrigado pelo comentário.
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